Minha experiência com a língua inglesa

Comecei a me interessar pelo inglês quando ainda era criança. Minha mãe, que não sabia muita coisa, me ensinava uma palavrinha ou outra, e isso me despertou uma enorme curiosidade. Aos 7 anos de idade, ganhei meu primeiro dicionário, e na minha inocência, pegava as músicas que eu mais gostava em português, e as traduzia palavra por palavra para cantá-las em inglês. Claro que naquela época eu não fazia ideia de que não era bem assim que funcionava, mas isso foi de grande importância para o meu desenvolvimento linguístico, até porque meus pais não tinham condições financeiras para me colocar em um curso.

Aos 10 anos, entrei na 5ª série, hoje o 6º ano, que é quando o inglês é introduzido na escola pública. Já se sabe que o inglês das escolas regulares não é o mais eficaz. Tanto por contratarem professores mal qualificados, pela quantidade de alunos na sala de aula como pela carga horária muito curta. Mas minha vontade de aprender era tão grande, que em meio a esse caos educacional, consegui absorver muita informação. Ao decorrer dos anos, passei a me interessar por músicas internacionais e filmes legendados, e com a chegada da internet, lia muitos sites e blogs sobre aprendizado de língua inglesa. Assim, aos poucos comecei a desenvolver e compreender pequenos diálogos.

Ao terminar o ensino médio, já falava com fluência, apesar de na época eu não acreditar nisso. Infelizmente temos a tendência de nos julgar muito e nos comparar aos outros ao aprender uma nova língua. Isso sempre foi um grande problema para mim e hoje tento trabalhar isso com meus alunos (assunto para outro momento). Ingressei logo em seguida no curso de Letras na PUC Goiás e lá, pela primeira vez na vida, tive acesso a um curso de inglês. Apesar de já ter uma certa fluência oralmente, eu não tinha muitas noções gramáticas e de leitura, foi um período muito importante para o meu desenvolvimento como falante da língua, e também como professora.

O inglês mudou minha vida. Algo que imaginava que seria apenas uma distração, se tornou o meu ganha-pão. E não somente isso, me transformou em alguém capaz de dar uma chance àqueles que não têm como pagar por um curso caro de inglês. Toda essa trajetória me fez compreender a importância de dar a uma oportunidade para essas pessoas, e estou trabalhando para que no futuro eu possa fazer isso de forma ainda mais acessível.

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